Num artigo publicado no IJnet, Inaara Gangj explora a eficácia de implementar estratégias no YouTube para organizações de notícias que procuram sustentabilidade financeira e destaca a importância desta plataforma como uma das principais fontes de consumo de notícias no mundo, especialmente em comparação com o declínio do Facebook nesse contexto.

Adriana Peña Johansson, estrategista de marketing e negócios de media, e Talha Ahad, fundador do The Centrum Media no Paquistão, partilham “insights” sobre o desenvolvimento de estratégias eficazes no YouTube para jornalistas. 

O YouTube é identificado como uma plataforma com prioridade para notícias e oferece oportunidades de monetização mais rápidas, baixas barreiras de entrada e custos de produção relativamente baixos.

1. A atracção pelo YouTube

 - Metade dos utilizadores da Internet nos EUA assistem a vídeos online diariamente, e mais de 90% assistem pelo menos uma vez por semana globalmente.

- Ao contrário do Facebook, que recentemente mudou de rumo para se concentrar menos em notícias, o YouTube está a dar prioridade às notícias na sua plataforma. "[O YouTube] tem feito um grande esforço com parceiros de notícias para entender quais são as necessidades do tipo específico de conteúdo que as notícias produzem”, explicou Johansson.

2. Formatos de Vídeo Populares

- Vídeos curtos e longos ganham popularidade nas redacções.

- A plataforma permite um conteúdo mais longo e duradouro que não se perderá nos feeds de notícias. As redacções também podem publicar vídeos mais curtos de conteúdo em plataformas como o TikTok e Instagram para ajudar a canalizar o tráfego para os vídeos mais longos do YouTube.

3. Ao serviço do Público

- Compreender as preferências de consumo de vídeo é crucial para definir estratégias para aumentar o envolvimento.

- Oferecer variedade de formatos, como debates, eventos ao vivo, explicadores e documentários, incluindo curtas-metragens, clipes de vídeo, vídeos de longa duração, vídeos em directo e podcasts.

4. Avaliação de Impacto:

- Visualizações são métricas iniciais importantes, seguidas por outras como subscrição.

- O desempenho é medido por cliques, interacção e satisfação.

"O número de subscritores e a média de visualizações não crescem ao mesmo ritmo. Deve considerar os subscritores, mas o mais importante são as visualizações, não os subscritores", explica ohansson.

5. Optimização do Canal

- Utilizar dados para tomar decisões editoriais.

- Ferramentas como o vidIQ fornecem “insights” sobre palavras-chave, desempenho competitivo e análise profunda.

- Quanto mais os utilizadores interagirem com o seu conteúdo, maior será a sua classificação no algoritmo do YouTube, explica Johansson. O YouTube mede o interesse do público através de cliques no vídeo; o envolvimento através de comentários e partilhas; e a satisfação através de gostos. Quanto melhor for o desempenho do seu conteúdo de vídeo com estas métricas, mais o YouTube o fará chegar aos utilizadores. 

6. Cuidado visual

- Miniaturas atraentes e relevantes aumentam a classificação no algoritmo do YouTube.

O artigo destaca ainda a importância de manter uma mentalidade aberta ao trabalhar com vídeo, enfatizando a atenção, o entendimento dos dados e a procura contínua por informações que ajudem a criar um canal mais eficaz no YouTube.