A Comissão Europeia deu o seu aval, "sob certas condições", à aquisição do Grupo Lagardère, empresa-mãe da terceira maior editora do mundo, a Hachette Livre, pelo gigante francês dos meios de comunicação, Vivendi.

Recorde-se que a Vivendi havia concordado em vender a revista Gala, bem como as suas actividades editoriais – a Editis e as suas entidades, incluindo as Éditions Robert Laffont, a Nathan, a Le Robert e a Pocket, para cumprir regras europeias.

Estes compromissos “respondem plenamente aos problemas de concorrência identificados pela Comissão” na sua investigação, julgou o executivo europeu.

A Vivendi anunciou ter fechado um acordo de compra com a International Media Invest (IMI), empresa do empresário checo Daniel Kretinsky, para a venda da Editis.

Num comunicado de imprensa divulgado recentemente, após o anúncio do aval da Comissão Europeia, o grupo controlado por Vincent Bolloré, afirma que a Gala "já é alvo de muitas manifestações de interesse". “A Vivendi está confiante de que conseguirá finalizar essas duas operações até ao final de outubro”, acrescenta.

A aquisição da Lagardère deve permitir que a Vivendi, já proprietária do Canal+, fique com o Europe 1, Le Journal du dimanche e Paris Match.

"A decisão da Comissão Europeia é uma excelente notícia para a Vivendi, que poderá realizar o seu ambicioso projecto de desenvolvimento com o grupo Lagardère", disse Yannick Bolloré, presidente do Conselho de Supervisão da Vivendi. “Esta fusão responderá à nossa ambição estratégica de internacionalizar as nossas actividades e ao nosso desejo de ser um player global, líder em cultura e entretenimento”, referiu.