A aura de Thomas Rabe, desapareceu. O CEO do grupo alemão de media internacional Bertelsmann, sofreu uma série de grandes revezes. O seu plano de juntar a rede holandesa RTL, com o Grupo Talpa, na Holanda, foi vetado pela autoridade holandesa da concorrência em 30 de Janeiro.

O veto ocorreu num momento em que há outra grande crise nas revistas Gruner + Jahr (G + J), cujos funcionários, perante o fracasso da fusão com a RTL, temem agora, o desmembramento do Grupo, revela o Le Monde.

O contratempo da RTL, na Holanda, assinala o quarto fracasso de Rabe, em poucos meses. Nos Estados Unidos, a aquisição por 2,2 mil milhões de euros da editora Simon & Schuster foi definitivamente abandonada no Outono de 2022, após decisão do regulador da concorrência americano.

Caso o negócio fosse por diante, as autoridades dos EUA, estavam preocupadas, com o facto da Penguin Random House, subsidiária de livros da Bertelsmann, líder no mercado editorial nos Estados Unidos, poder ficar a controlar um dos seus principais concorrentes.

Em Setembro de 2022, um projecto de fusão no sector de call center no Luxemburgo, teve que ser abandonado. Em França, a Bertelsmann também renunciou, em Outubro, à fusão entre o seu Canal M6 e o ​​Grupo TF1, após a oposição da autoridade anticartel francesa. “Tudo indica que a visão de Thomas Rabe, de construir “campeões nacionais de media”, capazes de enfrentar a concorrência de plataformas americanas de conteúdo online, como a Netflix, Amazon Prime Video, Apple TV ou Disney, está agora votada ao fracasso”, afirma Cécile Boutelet correspondente do Le Monde em Berlim.