A “Axel Springer”, empresa alemã do ramo de media, demonstrou interesse nos jornais “Telegraph” e “Spectator”, mas levantou incertezas sobre a sua participação no leilão para encontrar novos proprietários. 

O director executivo, Mathias Döpfner, enfatizou a estratégia exclusivamente digital da empresa, desmentindo especulações sobre fusões e aquisições. Apesar de o “Telegraph“ ter mais de 800.000 subscritores digitais, a sua versão impressa continua a ser uma fonte crucial de receita.

"Nunca comentamos especulações sobre [fusões e aquisições], mas posso dizer-vos que definimos uma estratégia exclusivamente digital e que continuamos interessados em aumentar o nosso portefólio de meios digitais", afirmou, no podcast “Power Play” do “Politico”, apresentado por apresentado por Anne McElvoy.

Cerca de 20 empresas, incluindo a “Axel Springer”, manifestaram interesse nos títulos à “Goldman Sachs",que gere o leilão em nome do “Lloyds”. As partes, consideradas potenciais candidatas, receberão informações detalhadas sobre as operações e o desempenho financeiro dos jornais. A “Axel Springer”, historicamente, demonstrou interesse em adquirir um jornal de destaque no Reino Unido, mas anteriormente foi superada pela “Nikkei” na aquisição do Financial Times em 2015.

Desde então, a “Axel Springer” redireccionou o seu foco para negócios exclusivamente digitais, adquirindo plataformas como “Business Insider” e “Politico”, consolidando seu investimento nesse sector. O interesse no “Telegraph” e no “Spectator” representa uma potencial expansão no portfólio digital da empresa.

Esta semana, os licitantes manifestaram a sua preocupação com o facto de que a oferta de mil milhões de libras da família Barclay pudesse ter um "efeito inibidor" no leilão oficial.