Uma iniciativa lançada pela Associação Journalisme & Citoyenneté, organizadora das Assises du Journalisme em Tours, Tunis e Bruxelas, quer apurar o panteão dos melhores jornalistas europeus, "para homenagear estas mulheres e homens que deixaram a sua marca nesta profissão”.

A Associação começou esta campanha, inicialmente em França, mas conta lançar o projecto ao nível europeu, propondo aos jornalistas dos outros 26 países da União Europeia, a sua adesão a esta iniciativa. A ideia é a de apresentar o Panteão de jornalistas europeus durante a segunda edição das Assises de Bruxelles, no outono de 2024.

Nesta primeira etapa, em França, a Associação criou, na sua página da internet, uma lista de destacados jornalistas franceses falecidos, juntamente com um link direccionado para a sua biografia na Wikipédia, para que os actuais jornalistas possam escolher as 10 personalidades "que a seu ver merecem entrar, prioritariamente, neste Panteão secular e digital”.

A abrir a página sobre o tema, a Assises du Journalisme, coloca as questões que poderão ajudar os jornalistas a reflectir sobre quem merece estar neste Panteão.

“Quem são os jornalistas, já falecidos, que moldaram o seu imaginário de jornalista? Que o fizeram sonhar? Que o levaram a seguir esta profissão?”, ou ainda, “quem são os jornalistas cujo trabalho ou vida lhe passou os melhores valores e que serviram de referência para si? Quem são os “grandes” jornalistas reconhecidos pela nossa comunidade profissional?”, são estas as questões.

A partir da dinâmica que for sendo criada, um grupo de trabalho irá, então, propor eventos, conferências, ou publicações que melhor divulguem a história e o trabalho dos jornalistas que farão parte do Panteão.

Segundo os organizadores, o objectivo é o de “identificar aqueles que nos unem. Contribuir para divulgá-los, com a convicção de que neste período de dúvidas acerca da sua legitimidade, a nossa profissão precisa, mais do que nunca, de se conectar com a sua história”, referem os organizadores.