Com uma situação financeira critica devido à era digital, há uma luta pelo “clickbait” que atrai tráfego a todo o custo, para explorar a publicidade, com os parâmetros desastrosos do Google ou do Facebook afirma Miguel Ormaetxea em artigo publicado no Media-Tics.

Espanha é um dos 15 países mais ricos do mundo, com uma expectativa de vida que será de 84 anos em 2040, uma das mais altas do mundo. No entanto as notícias “são preenchidas todos os dias com assassinatos e crimes de todos os tipos”, ainda que o país tenha uma das menores taxas de assassinatos mundial: 0,6 por 100.000 pessoas por ano, metade da França, dez vezes menos que nos EUA. Mas “os meios de comunicação competem no alarmismo mais gratuito, incitam-nos com a incerteza e o incentivo perverso da dopamina”.

O mais recente relatório “Digital News Report”, do Instituto Reuters, alerta que o número de pessoas que evita as notícias em todo o mundo tem aumentado significativamente. Em Espanha, o interesse pelas notícias caiu 30 pontos desde 2015.

No livro “The Gutenberg Parenthesis”, Jeff Jarvis afirma que “o que mata a rede é o modelo de negócio dos media” O mundo é retratado, “com algumas notáveis ​​exceções de jornalismo de alta qualidade, é uma apoteose de tumultos, guerras, conflitos, desordem e ascensão de ditaduras”.

A realidade não tem nada a ver com isso, muito pelo contrário: “os seres humanos, depois de dezenas de milhares de anos vivendo miseravelmente de pura subsistência, usufruem, apenas em dez gerações, uma prosperidade sem precedentes. As estatísticas demonstram que pobreza absoluta, que atingia “até 40% da população mundial há um século, está abaixo de 8%”, como destaca um recente livro do economista José Martín Carretero, “O futuro da prosperidade”.

Muitas manchetes misturam informação com opinião. Se formos a qualquer quiosque, podemos ver as primeiras páginas onde a mesma notícia tem o título inverso, para vergonha de toda a profissão.