Conforme recordou Jon Allsop, este cenário assemelha-se àquele que antecedeu a eleição de Donald Trump, cuja campanha eleitoral, em 2016, foi acompanhada de perto por “media” nacionais e internacionais.


Isto tem vindo a acontecer porque, tal como Trump, Zemmour tece comentários mordazes e provocadores.


Ainda assim, Zemmour tem conseguido deixar o seu cunho pessoal, trabalhando para estabelecer uma “credibilidade intelectual”, através de vídeos de campanha nos quais surge numa biblioteca, ou junto de vários documentos.


Allsop defende que, ainda assim, é necessário ter em atenção a principal semelhança entre as campanhas de Trump e de Zemmour: “qualquer publicidade é boa publicidade”.


Portanto, nota o autor, a partir do momento em que os “media” concedem mais tempo de antena a Zemmour, as audiências captam a ideia de que este candidato é mais digno de atenção do que os restantes.


Posto isto, caso os “media” franceses não alterem o formato da sua cobertura presidencial, as eleições poderão ter um resultado indesejado para estes profissionais.


Leia o artigo original em “Columbia Journalism Review”