“Wall Street Journal” reforça fronteira entre opinião e informação
Nos últimos anos, “Wall Street Journal” ficou conhecido por oferecer duas secções muito distintas aos seus subscritores: uma de opinião -- que reflecte o ponto de vista de autores de todo o espectro político -- e uma noticiosa -- que prima pela objectividade informativa.
Contudo, os leitores têm manifestado alguma dificuldade em distinguir estes artigos, o que pode conduzir a críticas sobre a isenção do jornal.
Assim, o “WSJ” quer ajudar os seus subscritores a identificarem as diferenças entre uma peça de opinião e um artigo de cariz informativo.
Esta medida foi impulsionada por conflitos no interior da própria redacção, quando cerca de 300 colaboradores começaram a criticar os jornalistas responsáveis pelos editoriais e crónicas, acusando-os de não fazerem verificações de factos e de partilharem desinformação, bem como dados descontextualizados.
Estes jornalistas escreveram, mesmo, um apelo, onde afirmaram que “ a aparente indiferença [dos colaboradores da secção de opinião] pela confiança dos nossos leitores” estava a colocar todos os profissionais em risco.
Agora, através da clara divisão entre os artigos de opinião e as peças noticiosas, o “Wall Street Journal” quer reforçar o seu estatuto enquanto fonte de confiança, tanto para democratas, como para republicanos (tal como indicou um estudo do Pew Research Center).
Fevereiro 21
Por outro lado, esta alteração reflecte o crescimento da audiência “online” do “Wall Street Journal”, já que, de acordo com a directora de “marketing” do jornal, Suzi Watford, a diferença entre os dois tipos de artigos é facilmente detectável na edição em papel.
“Estamos conscientes de que temos uma nova audiência. E, ao querermos fazer a distinção entre opinião e notícias, estamos a garantir que os nossos leitores podem confiar em nós”, disse Watford.
Para já, a disposição dos artigos do jornal continua em fases de teste.
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