“É muito fácil criminalizar a vítima, porque, desta forma, as pessoas conseguem justificar a impunidade criminal”, disse López. “Além disso, existem meios de comunicação que apoiam o ‘status quo’, uma vez que são financiados pelo governo. Assim, perpetua-se a ideia de que certos jornalistas merecem ser atacados, e que o crime não terá um custo social ou legal”.


López considera, por isso, que, pelo menos num futuro próximo, devem ser as empresas jornalísticas a garantir a segurança dos seus colaboradores, oferecendo-lhes materiais de protecção, bem como representação legal.


Ainda assim, e mesmo perante todos os obstáculos ao exercício livre do jornalismo, López defende que a dedicação à partilha de informação independente continuará a compensar.


“O jornalismo recompensa-nos sempre. Pode ser uma profissão ingrata, mas quando conseguimos fazer a diferença, sentimo-nos validados. E os mexicanos merecem que continuemos nesta missão”.