UNESCO publica manual contra a desinformação, para jornalistas
Os docentes de jornalismo podem servir-se dos sete módulos nele desenvolvidos como estrutura de um currículo a usar em aulas, com destaques, exercícios, trabalhos e leituras propostas.
Os referidos módulos são: 1 - Verdade, Confiança e Jornalismo: porque são importantes; 2 - Reflexão sobre a “desordem da informação”; 3 - Mudanças no jornalismo: a tecnologia digital, as redes sociais e a desinformação; 4 - Combate à desinformação pela Literacia para os Media; 5 - “Fact checking”; 6 - Verificação das redes sociais; 7 - Combate à agressão online: quando jornalistas e fontes são alvos de ataque.
“A presente crise da desinformação exige competências avançadas de combate” - afirma a co-editora do manual, Julie Posetti, do Instituto Reuters, na Universidade de Oxford:
“Estas implicam a necessidade de ferramentas de alto nível para verificar as fontes, textos, vídeos e imagens das redes sociais, bem como de estratégias de combate ao assédio online, que é cada vez mais obra de campanhas orquestradas de desinformação, apontadas contrra os jornalistas.”
Julie Posetti foi também co-autora, no início de 2018, do “Breve Guia sobre a História das ‘Fake News’ e Desinformação”, elaborado para o IJN. Segundo explica, estas práticas existem desde a antiga Roma, mas o que é novo hoje “é a velocidade a que circula a desinformação por meio das redes sociais”:
“A capacidade de qualquer propagandista divulgar material que imita enganosamente o jornalismo, distorce a verdade ou fabrica de alto a baixo palavras e actos, é hoje ilimitada” - afirmou.
Sobre o combate às fake news, o documento cita o exemplo criativo de um teste interactivo, usado nas páginas do diário britânico The Guardian, em que são apresentadas diversas afirmações, redigidas pelos jornalistas da casa, entre as quais o leitor deverá idenficar as que são flagrantemente enganosas.
O Instituto Reuters promove um debate público, em painel, para assinalar o lançamento deste manual pela UNESCO, estando presente, entre outros especialistas, Julie Posetti.
O texto aqui citado, no site da IJNet; e o manual lançado pela UNESCO