Uma nova era de “streaming” para televisões locais norte-americanas
Em plena era do "streaming", as televisões locais norte-americanas estão a planear novas estratégias, de forma a garantirem a sua sustentabilidade financeira.
Em entrevista para o “site” do CNBC, o CEO da emissora EW Scripps, Adam Symons, revelou que as medidas da empresa irão passar pela consciencialização dos cidadãos para a importância de alternativas gratuitas às plataformas “on demand”.
“Não existe nenhuma plataforma de ‘streaming’ que tenha a mesma ubiquidade e disponibilidade que os canais televisivos”, afirmou Symons. “Toda a gente está a prestar atenção aos serviços de subscrição. Estão todos a gastar grandes quantias de dinheiro para investir em negócios de alto risco, a tentar criar plataformas. Mas o cidadão comum não pode subscrever todos os serviços. Não seria sustentável”.
Assim, Symons vai iniciar uma campanha para convencer os consumidores de televisão a adquirirem uma antena digital, de forma a “suplementarem” os conteúdos do “streaming”.
Existem, contudo, algumas outras preocupações sobre este modelo de emissão, já que não têm taxas de “retransmissão” associadas, garantindo, apenas, melhores receitas publicitárias.
Além disso, será difícil convencer as gerações mais jovens a comprarem uma antena.
Desta forma, começaram a surgir outras alternativas, como a NextGen TV.
A NextGen Tv é uma televisão de alta definição, que emite canais locais, podendo, ainda, ser utilizada para a visualização de conteúdos de plataformas de “streaming”.
Abril 21
“Ao juntar a antena de televisão com a internet, as empresas locais poderão personalizar as suas notícias, desporto, eventos desportivos e outros programas com ferramentas interactivas, que fornecem conteúdos relevantes para os telespectadores”, de acordo com o “site” da NextGen.
Ainda assim, a NextGen TV exige que os cidadãos comprem uma nova televisão, o que não representa, igualmente, a melhor solução financeira.
Perante este cenário, começaram, ainda, a surgir soluções de “streaming” para televisões locais, como a VUit.
Um subscritor da VUit tem acesso a mais de 200 canais locais, bem como a boletins noticiosos de diferentes emissoras.
O criador deste serviço, Jack Perry, acredita, acima de tudo, que estas emissoras devem apostar em programação exclusiva e hiperlocal.
“O foco destes canais deve ser: ‘vamos produzir algo que os nossos consumidores não encontrem em nenhum outro sítio”, disse Perry. “‘Vamos apostar naquilo que fazemos melhor, que é reportar sobre as nossas comunidades. E depois de fazermos isso, vamos chamar a publicidade local’. Esta é a fórmula vencedora”.
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