A Associated Press foi a vencedora do prémio principal, “Serviço Público” - o único a que corresponde uma medalha de ouro, em vez dos 10 mil dólares atribuídos a cada um dos restantes premiados - pela sua cobertura de abusos laborais relacionados com a cadeia de abastecimento de peixe a supermercados e restaurantes americanos, que resultou na libertação de 2.000 escravos no sudeste asiático, condenação de culpados e adopção de reformas no sector. “Serviço Público” e “Editorial” são as duas únicas categorias em existência contínua desde a  criação dos prémios.

 

Outros dois prémios, em “Feature Writing” e “Crítica”, foram atribuídos a dois jornalistas da revista The New Yorker, perfazendo assim um total de sete jornalistas de Nova Iorque, de duas publicações, premiados em quatro categorias. A Flórida está também de parabéns este ano, com sete jornalistas de três jornais, premiados em três categorias: cinco jornalistas do Tampa Bay Times, em “Reportagem de Investigação” e “Reportagem Local”, e dois do  Sarasota Herald-Tribune e do Sun de Charlotte Harbor, em “Reportagem de Investigação” e “Editorial”.

 

Dos jornais de maior circulação, destacam-se os prémios atribuídos ao Los Angeles Times (“Reportagem de Última Hora”), The Washington Post (“Reportagem Nacional”), The Boston Globe (“Comentário” e “Fotografia”) e The Sacramento Bee (“Editorial Cartooning”). A lista completa dos prémios – incluindo os sete prémios de Literatura, Drama e Música - pode ser consultada no site http://www.pulitzer.org/prize-winners-by-year/2016.

 

Os prémios Pulitzer de jornalismo foram criados por Joseph Pulitzer (1847-1911), de origem húngara, que em 1879 adquiriu e fundiu os jornais diários St. Louis Dispatch e St. Louis Post, no Missouri, criando assim o St. Louis Post-Dispatch, ainda em existência. A primeira faculdade de jornalismo do mundo foi criada na Universidade de Columbia em 1912, graças a um donativo de Joseph Pulitzer para esse efeito, concedido 10 anos antes, tendo feito o mesmo com a Universidade do Missouri, que também criou uma faculdade de jornalismo, hoje entre as mais prestigiadas, como a de Columbia.   

 

O centenário dos prémios Pulitzer está a ser comemorado com várias actividades, descritas no site http://www.pulitzer.org/centennial, incluindo um video de 12 minutos sobre a história dos prémios http://www.pulitzer.org/article/1212-minute-celebration-100-years-pulitzer-prizes, e a re-publicação de uma reportagem da frente de batalha do Somme, do jornalista Herbert Bayard Swope, publicada em 1916 pelo New York World, a quem foi atribuído o primeiro prémio Pulitzer de reportagem, em 1917.