“Detidos em Setembro de 2016, os irmãos Altan e Nazli Ilicak já tinham sido condenados, em primeira instância, a prisão perpétua agravada. O motivo invocado eram as suas actividades jornalísticas, nomeadamente as suas críticas às autoridades, durante uma emissão de televisão difundida na véspera da tentativa de golpe de Julho de 2016.” 

“Marcado por múltiplas irregularidades, o seu processo chegou a impasse por acto vinculativo do Tribunal Constitucional, segundo o qual a detenção de Mehmet Altan era uma violação injustificada dos seus direitos. Só depois de seis meses de resistência a justiça acabou por devolver Mehmet Altan a uma liberdade condicional, em Junho. Vai, no entanto, regressar à prisão, desde que a pena seja confirmada no Tribunal de Cassação.” 

Durante o julgamento, o procurador esforçou-se ainda por demonstrar que os jornalistas tinham feito “uso da força” (...) “de forma imaterial”.

 

A Turquia ocupa o 157º lugar entre os 180 países mencionados na classificação mundial de liberdade de Imprensa de 2018, dos Repórteres sem Fronteiras. Desde a tentativa de golpe de 2016, muitos meios de comunicação foram suprimidos sem qualquer recurso e o país mantém o recorde mundial do número de jornalistas profissionais na prisão.

Mais informação no texto dos RSF,  aqui citado da Agência News Press, e no site do CPI