Segundo L’Express, que aqui citamos, a RT France “não é o único canal a receber esta menção indicando financiamento estrangeiro”: 

“É igualmente o caso, por exemplo, da Al-Jazeera, cadeia de televisão  financiada pelo Qatar. A etiqueta aplicada pelo YouTube faz o reenvio para a página dos canais, na Wikipédia, uma escolha igualmente criticada pela RT France, deplorando a falta de objectividade da plataforma digital.” 

Segundo a RT France, as diferentes etiquetas criam uma ‘hierarquia’ entre as cadeias de televisão internacionais, e poderiam “semear a confusão entre o público, criando uma opinião errada, segundo a qual as fontes de financiamento provenientes do sector privado ou de grandes grupos seriam melhores  - mais legítimas, credíveis ou objectivas -  do que outras, públicas.” 

Num artigo publicado, a 2 de Maio, por Le Monde, também dirigentes da France Télévisions denunciam um risco de confusão do público, embora por razões muito diferentes: 

Segundo afirmam, o facto de assimilar “os media de serviço público, em democracia, a meios estatais em regimes autoritários” numa mesma abordagem, mesmo com etiquetas diferentes, arrisca-se a induzir o público em erro, porque “a subtileza institucional do serviço público francês não é forçosamente muito clara”. 

Por seu lado, a Google garante que a etiqueta não é, em qualquer caso, “um comentário do YouTube sobre a linha editorial do editor, ou do vídeo, nem sobre a influência do governo sobre o conteúdo editorial”. 

Indica igualmente que não tem “qualquer incidência sobre as funcionalidades dos vídeos ou sobre a sua elegibilidade para monetização”.

 

 

O artigo aqui citado, na íntegra em L’Express,  e o artigo anterior de Le Monde.  Mais informação no nosso site.