O pedido foi aceite e, segundo Media-tics, que aqui citamos, o jornal “vai editar uma segunda edição a 19 de Novembro, patrocinada por Google Home. A partir de 28 de Janeiro, ‘Kids’ terá periodicidade mensal no jornal impresso. A secção terá informações, ilustrações e fotografias sobre notícias nacionais, desportos, alimentação, arte e opinião.” 

O próprio NYT declara que as crianças “precisam de notícias feitas expressamente para si, que as ajudem a entender ‘o mundo complexo em que vivem’; mas certamente tem ainda em vista outro objectivo, pensando no longo prazo e na sustentabilidade do negócio da marca: habituá-los aos ‘prazeres dos meios impressos’.” 

The New York Times vai tratar os meninos com o mesmo respeito que dedica a qualquer adulto, porque, como afirmam, ‘eles são mais curiosos do que muitos adultos’, ‘querem tomar parte na conversa’, ‘aprendem qualquer coisa nova todos os dias’, ‘são mais inteligentes do que julgamos’ e ‘apreciam uma boa história’.” (...)

 

É curioso que, em plena era digital, a ideia de reatar com a tradição dos suplementos infantis e juvenis impressos seja considerada por uma instituição como o New York Times. Recordamos, em Portugal, a antiquíssima banda desenhada de “O Reizinho”, no Primeiro de Janeiro, que prendeu muitos futuros leitores de jornais, e os suplementos "Pim Pam Pum", do extinto jornal O Século, além do Diário de Lisboa "Juvenil", e do "DN Jovem" do Diário de Notícias. Foram suplementos que contribuíram para a habituação da leitura de jornais pelos mais jovens e permitiram ainda revelar não poucos talentos literários.

 

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