“The New York Times” em papel pode durar mais dez anos

As declarações de Mark Thompson são cuidadosas e avaliam os caminhos possíveis desta previsão pouco científica. Segundo Media-tics, que aqui citamos, “apesar de os números relativos ao quarto trimestre de 2017 mostrarem que o negócio do jornalismo impresso continua a diminuir, o jornal em papel continua a ser um produto importante para a empresa, se o seu responsável máximo se atreve a realizar este prognóstico a prazo tão distante numa indústria em que estão sempre a acontecer mudanças”.
“Por outro lado, Thompson assegura que será a economia a decidir se a impressão continua a ter sentido como plataforma, pelo que está consciente de que tem uma data de caducidade.”
“Vamos decidir isso simplesmente em termos económicos” - foi o que disse na entrevista à CNBC. “Podemos chegar a um ponto em que a economia [do jornal impresso] já não faz sentido para nós.”
Até agora, os responsáveis pelo NYT “têm conseguido que a sobrevivência da empresa não dependa do produto impresso”, acrescenta o texto de Media-tics. “Só no último trimestre de 2017 conseguiram atrair 157 mil novos assinantes digitais, que trouxeram à empresa mais 51% de receita do que a obtida no mesmo trimestre do ano anterior. Em todo o ano de 2017, o Times recolheu mais de mil milhões de dólares de receita pelo total de assinaturas, dos quais 600 milhões correspondem aos serviços digitais.”
Thompson reconhece que a empresa recebe mais de cada assinante do jornal impresso do que do digital, mas também acha que “existe potencial mais amplo para fazer crescer a base dos assinantes digitais; de facto, estes já superam numericamente os do jornal em papel, e o seu crescimento é muito rápido”.
Mais informação em Media-tics e na CNBC, de que reproduzimos também o vídeo da entrevista.
Informação anterior no nosso site.