Mais tarde, com a chegada do século XX, o “Guardian” desvalorizou, em 1914,  o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando, afirmando que o incidente não teria “nenhum efeito imediato ou relevante na política europeia”.


Além disso, em 1917, esta publicação defendeu a criação de uma “casa para os judeus na Palestina”, uma medida sugerida por Arthur Balfour, antigo ministro britânico para os negócios estrangeiros, já que “ a população árabe da Palestina” era “ pequena e pouco civilizada”.


Entretanto, com o decorrer dos anos, o jornal passou a acompanhar, de perto, aquilo que ocorria na Europa, alinhando-se com as opiniões e tendências dos restantes títulos do “velho continente”.


Assim, o “Guardian” acredita que os editores fazem toda a diferença para uma publicação, já que influenciam a linha editorial dos jornais, seleccionando, igualmente, quais os artigos de opinião que devem figurar nas suas páginas.


O jornal britânico assume-se, agora, como um título europeísta, condenando a realização de referendos. Por isso mesmo, refere a isenção noticiosa perante o “Brexit”, como a sua “grande falha” mais recente.


Posto isto, o “Guardian” garante que se mantém atento aos erros da passado, já que “ninguém sabe os veredictos que a História nos ensinará no futuro, sobre as opiniões que nos parecem óbvias no presente”.

Imagem recolhida em "Guardian"