Os jornais locais exercem um papel fundamental no interior das comunidades, contribuindo para a união dos seus membros e para dar voz àqueles que são mais vulneráveis.
Contudo, perante a evolução da era digital, estas publicações têm-se deparado com dilemas, quanto ao melhor modelo negócio a adoptar, de forma a colmatarem a diminuição das receitas de publicidade e de circulação.
Até porque, perante a crise do sector, muitas destas empresas foram obrigada a fechar a porta.
Assim, têm surgido três grandes tendências.
A mais conhecida é a “paywall”. Este modelo restringe o acesso a alguns artigos e incentiva os leitores a pagarem por jornalismo de qualidade.
O Grupo britânico JPI Media implementou esta estratégia na maioria das suas publicações e garante que os resultados têm sido positivos.
“As reportagens de qualidade têm um preço associado e a ‘paywall’ é uma ferramenta diferenciadora entre os conteúdos de confiança e aqueles que circulam nas redes sociais”, afirmou Jeremy Clifford, editor-executivo do Grupo. “De um ponto de vista editorial, consideramos importante que os leitores paguem pela versão digital, tal como faziam para o formato impresso”.
Clifford considera, igualmente, que os modelos de “paywall” ajudam as publicações a estabelecerem uma relação mais próxima com os seus subscritores.
Outro dos modelos mais utilizados é o “pay as you read”, que permitem aos consumidores pagarem, somente, pelos artigos que lêem.
De acordo com o Grupo Axate, que implementou a ferramenta, esta fórmula é mais eficaz quando o objectivo passa por aumentar o número de leitores, e chegar a diferentes públicos-alvo.
É, ainda, de salientar o modelo de doações, utilizado pelo jornal local “Liverpool Echo”.
Em declarações à “Press Gazette”, o responsável por aquela publicação afirmou que o “jornalismo ‘online’ é mais eficaz quando é gratuito”.
Todas estas estratégias têm sido ponderadas por especialistas de “media”, que ainda não conseguiram determinar qual delas é a mais eficiente. Estes jornais estão, assim, bem “apetrechados” para garantirem a sua sustentabilidade e reforçar as suas equipas editoriais.