Teoria controversa de regulação dos “media” digitais
Aquele activista diz-se, no entanto, consciente de que a dimensão do ciberespaço torna impossível exercer controlo sobre todas as plataformas, mas apresentou algumas soluções práticas para diminuir os riscos da sua utilização.
Zuckerman considera, por exemplo, que seria benéfica a criação de uma taxa de financiamento das redes sociais. Dessa forma, as plataformas não teriam de recorrer a publicidade, muitas vezes enganosa, e poderiam actuar como entes públicos que valorizam, acima de tudo, a informação e a imparcialidade.
A criação de uma ferramenta pública de pesquisa é outro dos mecanismos propostos por Zuckerman, que põe de parte o desenvolvimento de um “browser” com a incidência e dimensão da Google. O blogger considera, porém, que a criação de uma plataforma especializada em alguns tópicos ajudaria a aumentar o nível de confiança nos “media”, que tem vindo a decrescer nos últimos anos.
Seria, também, essencial promover acções de literacia mediática para que os consumidores aprendessem a detectar artigos de “desinformação” e apoiassem o trabalho desenvolvido pelas redes públicas.
Os operadores “online” públicos seriam, acima de tudo, uma alternativa legítima, com uma regulamentação mais profunda do que todos os gigantes tecnológicos.