“Telegraph” harmoniza conteúdos às preferências dos leitores
Com a digitalização do jornalismo, as redacções passaram a recorrer à análise estatística, como forma de avaliar diferentes métricas, importantes para o sucesso e sustentabilidade financeira dos títulos.
Contudo, existem já algumas publicações a adoptar ferramentas mais avançadas, que detectam potenciais novos subscritores.
É esse o caso do “Telegraph” que, em 2019, desenvolveu a ferramenta “Pulse”.
Conforme explicou o“Laboratorio de Periodismo”, através da “Pulse”, os jornalistas do “Telegraph” conseguem perceber os níveis de interacção com o conteúdo, registando as preferências dos leitores, e adaptando os seus artigos com base nessas informações.
Esta ferramenta é, aliás, adaptada para cada secção e equipa editorial, para que se adeque às particularidades de cada editoria, e contribua para a estratégia transversal do “Telegraph”.
Numa primeira fase, a “Pulse” estava, apenas, disponível para telemóvel, simplificando o registo do desempenho dos artigos de cada jornalista.
Mais tarde, a ferramenta foi adaptada, passando a ser exibida nos ecrãs editoriais, de forma a conectar toda a empresa, através de informações fornecidas em tempo real.
Graças à “Pulse”, os jornalistas do “Telegraph” perceberam que o nível de interacção com os conteúdos influencia o número de subscrições.
“Queríamos que os nossos jornalistas escrevessem conteúdos que gerassem novas assinaturas, e que interessassem àqueles que já são subscritores”, explicou Emma Wicks, directora de informações editoriais do “Telegraph”.
Abril 22
“O nosso painel de histórico permite-nos monetizar as interacções, o que, de outra forma, seria difícil fazer”, afirmou Wick. “Anteriormente, tínhamos de esperar três meses para conseguirmos informações estratégicas”.
Agora, graças a esta ferramenta, os jornalistas podem assistir às interacções em tempo real, analisando os comportamentos dos leitores, e escolhendo, com base nessas informações, o tipo de artigos que poderá levar a uma maior taxa de fidelização.
Neste momento, o “Telegraph” conta com, aproximadamente, 680 mil assinantes.
Neel Dhanesha, redactor no Nieman Lab, escreveu um artigo que acompanha o processo de criação de um recurso de inteligência artificial que pode vir a ser um “braço direito” para os...
“Embora exista um conjunto crescente de ferramentas e serviços pagos disponíveis que afirmam ser capazes de detectar automaticamente a presença de falsificações geradas por inteligência...
Cinco anos depois de os Repórteres sem Fronteiras (RSF) terem lançado a Journalism Trust Initiative (JTI), a norma internacional para o jornalismo transparente atingiu um marco importante: mais de...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...