Desta forma, nos primeiros 100 dias do novo governo talibã, cerca de 250 “media” -- incluindo jornais, canais de televisão e estações de rádio -- encerraram actividade.


A censura ao trabalho jornalístico verifica-se, igualmente, nas redes sociais, já que vários profissionais foram, já, obrigados a eliminar publicações informativas que haviam partilhado através destas plataformas.


Conforme apontou Emma Graham-Harrison, isto significa que a pluralidade mediática está em risco e que os países estrangeiros têm acesso a menos informações fidedignas sobre aquilo que se passa no Afeganistão.


“Se houver um acidente, ou um ataque, não podemos ir directamente ao local tirar fotos. Temos que falar, primeiro, com os talibãs para obter autorização”, afirmou o fotojornalista Mazar-e-Sharif  que planeia, agora, tornar-se taxista. “Demoramos cerca de quatro ou cinco horas para obter ‘luz verde’ e, por essa altura, os destroços já foram limpos”.


Este ano, o Afeganistão ficou em 122º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteira, entre 180 países. Perante as novas restrições à actividade de imprensa, é provável que este território caia várias posições.


Leia o artigo original em “Guardian”