Os jornalistas do Nepszabadsag, que tomaram conhecimento da suspensão tão subitamente como todos os húngaros, classificam-na de golpe. Segundo Le Monde, "o anúncio do encerramento, mesmo sendo apresentado como provisório, provocou grande emoção em Budapeste, onde uma manifestação espontânea reuniu imediatamente 2000 pessoas".

A Mediaworks, filial do grupo austríaco VCP - Vienna Capital Partners, que adquiriu o jornal há dois anos, afirma que, embora mantendo a maior tiragem na Hungria, o Nepszabadsag teve uma quebra de 74% nos últimos anos, correspondente a 100 mil exemplares, e perdeu cerca de 16,4 milhões de euros.


Um responsável da redacção, ouvido pela Agência France-Presse, declarou : "Estamos em estado de choque, é um golpe. Claro que vão afirmar que é uma decisão económica, mas isso não é verdade. (...)  É um grande golpe para o jornalismo de investigação e para a liberdade de Imprensa."  Também o Partido Socialista húngaro considerou este “um dia negro para a Imprensa”.

Segundo informação detalhada no site da Euronews, este gesto de força pode estar relacionado com recentes reportagens do Nepszabadsag, particularmente incómodas para o governo de Victor Orbán.


Mais informação no Le Monde  e na Euronews, de onde colhemos a imagem do Nepszabadsag