Sobrevivência dos “media” dependente da alteração do modelo de negócio
A insistência na manutenção do modelo de negócio tradicional não é uma solução viável para os jornais contemporâneos, uma vez que diversas publicações foram desaparecendo, lentamente, devido a esta “teimosia”, defendeu Miguel Ormaetxea, num artigo publicado no “site” “Media-Tics”.
Citando o colunista Wolfgang Münchau, Ormaetxea recorda que muitos meios de comunicação de massa continuam a cultivar o mesmo modelo de venda de sempre, o que motivou o desaparecimento, progressivo, da sua aura de prestígio.
Ormaetxea destaca, neste sentido, o caso da indústria mediática de Espanha, onde, nos últimos 20 anos, as receitas caíram mais de 70%, devido à insistência no modelo jornalístico tradicional. Além disso, a maioria dos Grupos de “media” foi forçada a dispensar um número substancial de colaboradores.
Por outro lado, continuou o autor, os títulos que apostaram na mudança estão a vivenciar novos “tempos aureos”.
É esse o caso do “New York Times” que, ao ter investido na criação de reportagens multiplataforma e em novos produtos noticiosos, conseguiu aumentar a sua equipa editorial, além de contar com mais de oito milhões de subscritores.
Dezembro 21
Da mesma forma, o “Washington Post” e a “Economist” reconquistaram a sua posição de destaque na indústria noticiosa.
Por isso mesmo, Ormaetxea insta todos os empresários dos “media” a reconsiderarem o seu modelo de negócio, para que o jornalismo continue a primar pela sua pluralidade e diversidade.
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