Sede do jornal argentino “Clarín” atingida com “cocktails molotov”
A sede do jornal “Clarín”, uma das principais publicações jornalísticas da Argentina, foi atacada com “cocktails molotov” -- bombas incendiárias improvisadas.
A fachada do edifício ficou danificada, mas não há registo de feridos ou danos materiais relevantes, noticiou a agência EFE. O incidente, que ocorreu quando o edifício estava encerrado, foi registado pelas câmaras de segurança.
Entretanto, o Presidente argentino, Alberto Fernández,afirmou, via Twitter, que "a violência altera sempre a convivência democrática".
"Esperamos que os factos sejam esclarecidos e os autores sejam identificados a partir das investigações em andamento", disse.
Também o seu antecessor, Mauricio Macri, apontou o ataque como "uma tentativa gravíssima de intimidar toda a comunicação social".
"É um acto inaceitável que lembra as práticas violentas do passado. Repudio a agressão e envio a minha solidariedade. Esperemos que o Governo e a Justiça esclareçam o ocorrido e prendam os responsáveis", referiu.
Da mesma forma, a Associação Interamericana de Imprensa (SIP), instou, em comunicado, as autoridades a investigarem de imediato o ataque e a responsabilizarem criminalmente os autores.
"Lamentamos o ataque e esperamos que o mais rapidamente possível as autoridades cumpram o seu dever de investigar, encontrar e levar os autores à justiça", acrescentou.
Também o Grupo Clarín lamentou e condenou o "grave acontecimento, que à primeira vista, surge como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação".
Novembro 21
Apesar de a Freedom House considerar a Argentina um país livre, onde existe liberdade de expressão, os jornalistas continuam a ser alvo de agressões e de ameaças.
Além disso, a Argentina tem vindo a descer no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, encontrando-se, agora, em 69º lugar, entre 180 países. (No ano passado, estava em 64º lugar).
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