Sanders defende moratória nas fusões de empresas de “media”
O eterno candidato à presidência dos EUA, Bernie Sanders, descreve as suas propostas para o Jornalismo, num artigo da Columbia Journalism Review.
O senador afirma que, a Google e o Facebook controlam 60% de todo o mercado da publicidade digital através de um sistema que suga as receitas de publicidade das organizações de media.
As receitas de publicidade desviadas para estes novos players e as fusões de empresas em grandes grupos económicos criaram, segundo o senador, uma tendência de “exterminação do jornalismo”.
Nos últimos 15 anos, mais de 1400 comunidades dos EUA perderam os jornais locais. Desde 2008, as redacções perderam 28 mil empregados, e só ano passado foram afastados mais 3200. Por cada jornalista há seis pessoas a trabalhar em relações publicas. Para o candidato esta situação põe em perigo o escrutínio do poder.
Bernie Sanders defende que para reverter esta situação são precisos mais jornalistas, reconstruir e proteger a imprensa.
Para o conseguir propõe, se for eleito, uma moratória nas fusões de empresas de media, até que estas divulguem as suas mudanças e o modo como poderão afectar o número de efectivos.
Setembro 19
Propõe, ainda, que antes de qualquer futura fusão, os empregados possam ter a oportunidade de comprar os meios de comunicação onde trabalham, por via de planos de aquisição de acções.
Se for eleito, promete fortalecer as regras de propriedade dos media , de modo a limitar o número de estações que as grandes corporações de radiodifusão possuem no país.
Pretende recomendar que as agências federais estudem o impacto da consolidação nos media impressos, televisivos e digitais, para determinar se é necessária uma acção anti -trust adicional.
Senders defende, também, que é necessário explorar novas formas de habilitar as organizações de media e negociar colectivamente com os monopólios de tecnologia. Nesse sentido, considera a opção de taxar anúncios direccionados e usar essa receita para financiar os media sem fins lucrativos.
Sanders recorda ainda que a primeira emenda da Constituição dos EUA protege explicitamente a imprensa livre, porque os fundadores da nação entenderam como o jornalismo é importante para a democracia.
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