RSF querem sentar no banco dos réus espionagem de jornalistas
Já se passou um ano desde a divulgação do “Projecto Pegasus”, uma investigação jornalística que revelou que, pelo menos, 180 profissionais dos “media” poderiam ter sido espiados por um “software” de telemóvel.
Esta investigação resultou, mais tarde, na abertura de um processo judicial em França, movido pelos Repórteres sem Fronteiras (RSF).
Agora, esta organização veio sublinhar que o processo judicial pode ser a única forma de responsabilizar os governantes que tentaram silenciar o trabalho jornalístico, ao “hackearem” os dispositivos móveis dos profissionais dos “media”.
A investigação francesa está a analisar diversos crimes, tais como associação criminosa, acesso e manutenção de um sistema automatizado de processamento de dados criado pelo Estado, intercepção de correspondência emitida eletronicamente, instalação de dispositivos que permitem tais intercepções, bem como a apreensão e divulgação de palavras ou imagens.
Por se tratar de uma investigação de natureza criminal, esclarecem os RSF, poderá identificar e condenar os responsáveis.
Publicado em Julho de 2021, o “Projecto Pegasus” revelou que cerca de 180 jornalistas haviam sido seleccionados como potenciais alvos de vigilância governamental, pela empresa israelita de “spyware” NSO Group.Entre os profissionais potencialmente vigiados encontrava-se o marroquino Omar Radi que foi, recentemente, condenado a seis anos de prisão, sob acusações de “violência sexual” e de “espionagem”.
Na lista constava, igualmente, o nome de Cecílio Pineda Brito, um jornalista que foi assassinado um mês após os seus dados pessoais terem entrado para os registos do NSO Group.
Julho 22
De acordo com o NSO Group, este tipo de vigilância tinha sido requisitada por governos de países como o Arábia Saudita, Azerbaijão, Bahrain, Hungria, Índia, Cazaquistão, México, Marrocos e Ruanda, a pretexto de “evitar casos de terrorismo e violência”.
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