A sua indignação fundamenta-se num relatório da ANA – Association of National Advertisers, dos EUA, segundo o qual, afirma, “quase uma quarta parte dos anúncios de vídeos não são vistos por humanos, mas sim por robots”, e “este falso tráfego vai custar este ano aos anunciantes cerca de 6.300 milhões de dólares”. 

A acrescentar a esta fraude, o mercado da publicidade programática é dominado por “um duopólio, Google e Facebook, que ficam com a parte do leão e também com a das hienas”. 

A acusação fundamental de Miguel Ormaetxea é a de que o mercado do tráfego online “não está regulamentado”. E cita uma noticia muito recente sobre os problemas que o Google tem estado a encontrar:

“Uma investigação revelou que anúncios patrocinados por empresas como Sainbury’s e L’Oreal aparecem junto de conteúdos totalmente inapropriados, incluindo um pregador egípcio do islamismo radical. O Google apressou-se a pedir desculpas, mas vários anunciantes afirmaram já que deixam esta plataforma.” 

Quanto à falta de rigor dos instrumentos de medida das audiências, o autor afirma que, em Espanha, “os meios digitais vêem com bons olhos o processo que foi aberto pela AIMC – Asociación para la Investigación de Medios de Comunicación e o IAB – Interactive Advertising Bureau para encontrarem um novo medidor”.

 

Mais informação no texto original, em Media-Tics; a imagem é da infografia elaborada em 2014 pelo IAB de Espanha, para explicar o mecanismo da publicidade programática