É este o balanço geral de um extenso estudo do jornalista Luis Muñiz, director de Notícias de la Comunicación, na edição nº 34 de Cuadernos de Periodistas. O objecto do seu trabalho são as publicações com periodicidade semanal ou superior, que se vendem de forma independente (o que exclui, por exemplo, os suplementos de Imprensa dos jornais) e são dirigidas a um grande público, normalmente com um tema dominante, embora não profissionalmente especializadas no sentido técnico do termo. 

“A maior parte das revistas de consumo é de periodicidade mensal, e a sua difusão média representava, até Junho de 2017, 62% do total, o que significa o dobro das semanais, segmento de que têm vindo a desaparecer as que se ocupavam da Informação geral (as news magazines), das quais a Tiempo e a Interviú são os últimos exemplos, não sem grandes dificuldades e transformadas também em publicações de difusão combinada.” 

“Também se têm afundado as que se ocupavam da programação televisiva, como a Teleprograma, e aumenta a migração dos semanários sobre veículos automóveis para a periodicidade quinzenal, a fim de reduzir custos. As grandes marcas de revistas ‘do coração’ continuam a dominar este segmento, com a popular Pronto à frente, com os seus 800 mil exemplares por número, mas afastando-se do tecto do milhão que chegou a atingir em 2004 e 2005. Junto dela ocupam os quiosques  a Hola!, Lecturas e a Semana. Estas quatro são as únicas que superam a média dos 100 mil exemplares, em lugar dos treze títulos que ultrapassavam este patamar há dez anos.” (…) 

“Por razões óbvias, a audiência das revistas, isto é, o volume de público que as lê, decorre da difusão das mesmas, e por este motivo tem vindo a cair de forma paralela a essa circulação. Expressa em termos de penetração, que é a percentagem do universo ou população estudada que representam os seus leitores, as revistas chegaram a ter 53,3% no ano de 2008, quando começou a crise, o que foi a sua máxima cota da última década, representando 20,4 milhões de leitores, para iniciar desde então uma descida constante até aos 35,2% que registavam em 2016, quase 14 milhões de pessoas, a sua mais baixa audiência desde que é medida no nosso país  - e até reduzida para 32,5% na primeira medição de 2017 do Estudo Geral de Meios da AIMC.” (…) 


O estudo de Luis Muñiz, na íntegra, em Cuadernos de Periodistas