Revistas brasileiras perdem no papel e reinventam-se no digital
No Brasil, a pandemia veio acelerar a deterioração do mercado das revistas, assistindo-se à suspensão ou desaparecimento de publicações, recordou o jornalista Fernando Barros num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo recorda o autor, a Editora Globo, foi a primeira a suspender as versões impressas durante o período da pandemia.
Num comunicado oficial, a empresa justificou a medida como uma forma de se adaptar à nova realidade e de adequar, temporariamente, a linha de produção e de entrega das suas publicações.
Assim, pelo menos até Julho, não circularam as revistas “Crescer”, “Autoesporte”, “Pequenas Empresas Grandes Negócios”, “Casa Jardim” e “Globo Rural”.Se algumas publicações suspenderam sua circulação temporariamente, outras desapareceram de vez.
Alegando dificuldades económicas do próprio mercado dos “media”, a Editora Rocky Mountain comunicou o encerramento dos títulos “Women’s Health” e “Runner’s World”.
Julho 20
A descontinuidade dos títulos empobreceu, ainda mais, o segmento de publicações destinadas ao público “fitness addict”, já enfraquecido com o fim decretado do “Men’s Health” e “Boa Forma”, da Editora Abril.
Ora, paralelamente ao encerramento e suspesão, passou a testemunhar-se uma aceleração no investimento digital.
Com o recurso alargado aos “smartphones” acentuou-se, a presença das revistas nas redes sociais. Os “sites” deixaram de ser apenas repositórios para os artigos publicados no formato em papel, e intensificou-se a produção de conteúdos multiplataforma.
As revistas estão a deixar de ser meros títulos, para se posicionarem como marcas digitais.
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