Stehpen M. Lacy, CEO da Meredith Corporation, prevê criar, com esta compra, uma companhia de media que possa chegar a cerca de 200 milhões de consumidores nos Estados Unidos, líder nas plataformas digitais, na televisão e nos suportes em papel. Durante os dois primeiros anos do novo negócio, Lacy prevê ganhos de sinergia entre os 400 e os 500 milhões de dólares. “Estamos a adquirir um portefólio impressionante de marcas líder e um negócio digital com um tremendo potencial de crescimento, complementado pelo nosso negócio de transmissão televisiva que produz um forte cash flow, explica.  

Segundo o diário francês Le Monde, que agora citamos, este desfecho representa o “fim de uma época” e a vitória de Des Moines, no Iowa, sobre Nova Iorque:  

“Se a eleição de Donald Trump foi interpretada como a vingança da América profunda perante a arrogância das grandes cidades cosmopolitas, a compra da celebérrima Time pelo grupo Meredith soa estranhamente do mesmo modo. O inventor da primeira newsmagazine da história, e mais tarde da Life e da Fortune, todas talhadas por medida para os urbanos apressados da Costa Leste, é retomado pelo editor da Successful Farming e Better Homes and Gardens. Com a sede na capital do Iowa, no coração do Midwest, Meredith é o segundo grupo de Imprensa nos Estados Unidos, especializado na Imprensa feminina e familiar.” (…)  

Recorde-se que Trump e a Time protagonizaram uma troca de tweets sobre a falhada segunda nomeação do actual Presidente dos EUA como “Personalidade do Ano”. Como conta o Expresso, Donald Trump fez saber que recusou o convite da revista Time para ser, "provavelmente", a Personalidade do Ano em 2017. Mas “tinha de aceitar dar uma entrevista e fazer uma sessão fotográfica. Disse que provavelmente não dá e rejeitei. Obrigado de qualquer forma!”, escreveu.  

“A resposta da revista não tardou e, na mesma rede social, rejeitou que o convite tenha sido feito. (…)  O Presidente norte-americano queixou-se em 2012, 2014 e 2015, também no Twitter, de nunca ter sido selecionado pela revista. Em 2016, ano da sua eleição, foi Personalidade do Ano para a Time como ‘O Presidente dos Estados Divididos da América’.” 

 

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