A revista impressa é o “núcleo duro” da marca, que soube, no entanto, diversificar as suas fontes de receita. Como explica Le Figaro, que aqui citamos, “os exemplares vendidos e as assinaturas representam cerca de 60% da receita; os 40% restantes vêm de espectáculos dados em teatros, de livros vendidos em campanhas de crowdfunding, de alguns anúncios e outros produtos derivados”.

“A Mongolia não tem escritórios de redacção. Quatro amigos, colegas e fundadores, repartidos entre Madrid e Barcelona, reunem-se uma vez por mês e fazem o resto dos acertos à distância. É uma coordenação bastante para imprimir todos os meses 32 páginas de um humor corrosivo e oito páginas de investigação, vendidas a três euros entre oito mil a 18 mil leitores, e seguidas depois por mais de 360 mil pessoas no Twitter e outras 300 mil no Facebook.” (...) 

“Nós não somos simplesmente ateus, uma noção que poderia implicar um respeito pelas religiões. Nós somos antiteístas.” É nestes termos que Dario Adanti, um dos dois responsáveis pelo sector humorístico, explica a linha da revista. Eduardo Galan, co-responsável na mesma área, acrescenta:

“Quando alguém se mete com a pátria, com a política ou com a religião, seja o que for, está a pôr em causa a identidade. Há quem diga que quando as pessoas têm de escolher entre a verdade e a identidade, escolhem a identidade. Pela sátira, nós procuramos desenvolver o pensamento crítico.” (...) 

Pere Rusinol, o responsável pela parte séria, chamada Reality News, ataca os “monstros sagrados” respeitados pelo resto da Imprensa, incluindo jornais de referência como El País e Publico, onde aliás trabalhou: 

“O objectivo da Imprensa é, teoricamente, de controlar os poderes. O problema, em Espanha, é que os poderes é que tomaram o controlo dos media. Os bancos, por exemplo, tornaram-se os principais accionistas dos grandes grupos mediáticos, transformando as suas dívidas colossais em participações.” (...) 

 

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