A direcção da revista já tinha declarado, há cerca de um mês, que deixaria de publicar fotografias de modelos inteiramente despidas  - o que fora, durante décadas, a sua grande imagem de marca.

Hugh Hefner, o seu fundador e proprietário, que fazia gala de estar à altura do significado que se imagina adequado ao título da publicação, possui hoje, segundo o Wall Street Journal, cerca de um terço do capital da Playboy Enterprises e vê partir a Playboy Mansion (que também está à venda), onde gostava de ser fotografado com as suas playmates.

 

A Playboy pode ter o valor de venda de mais de 500 milhões de dólares, e “os seus potenciais compradores podem incluir empresas interessadas em usar a marca em bens de consumo, em novos projectos de media ou para compradores de troféus”.

 

Ainda segundo o Wall Street Journal, “ao longo de seis décadas, a Playboy  contribuíu para moldar o discurso americano sobre a sexualidade, mas nos últimos anos tem lutado para manter esse estatuto cultural proeminente em meio ao descalabro de vendas da revista e numa paisagem digital que torna o material para adultos totalmente acessível”.    

 

Um último comentário: é justo reconhecer que, para além do conteúdo temático óbvio pela natureza da publicação, a Playboy tornou-se, também, conhecida por praticar um jornalismo mais abrangente, incluindo artigos e entrevistas com diversas personalidades sem relação directa com as fotografias que faziam o seu êxito principal. 

Mais informação no Le Figaro e Wall Street Journal