Ao longo do último ano, o sector dos “media” testemunhou o acentuar da crise financeira, devido à diminuição das receitas de circulação e de publicidade que resultaram no encerramento de várias publicações e no aumento da taxa de desemprego.
Contudo, alguns títulos conseguiram prosperar, registando um aumento substancial no número de leitores, bem como no nível de confiança.
Foi esse o caso da publicação “Stat”, uma revista lançada em 2015 pelo “Boston Globe”, que se foca nas temáticas de ciências e saúde, e que alcançou recordes de audiência durante os primeiros meses de pandemia.
Num artigo publicado no “site” do Nieman Lab, o jornalista Luke Winkie narrou o processo de crescimento desta publicação, baseando-se nos relatos de colaboradores.
Segundo recordou Winke, a “Stat” foi uma das primeiras publicações a abordar o tema do coronavírus, dedicando-lhe vários artigos, muito antes de a Organização Mundial de Saúde ter declarado uma pandemia.
Com isto, a “Stat” conseguiu chegar a novas audiências, ansiosas por obter informação exacta sobre a doença.
Em Fevereiro de 2020, a publicação “online” registou cerca de 4,7 milhões de visitantes únicos, o triplo da audiência média mensal.
Mais tarde, em Junho, a “Stat” atingiu um “pico” de visitas, com 23 milhões de cidadãos a consultarem, pelo menos, um dos artigos do “site”.
Março 21
De acordo com o director financeiro daquela publicação, Angus Macaulay, isto fez com que as receitas publicitárias se mantivessem estáveis.
Outro dos factores que contribuiu para o crescimento da “Stat”, foi a sua presença nas redes sociais.
A revista contou com a colaboração da jornalista Helen Braswell, conhecida por ter acompanhado outras crises sanitárias, como a SARS e o vírus Zika.
Nesta pandemia, Braswell ficou incumbida de explicar o coronavírus através do Twitter, de forma simples e concisa.
Desta forma, a jornalista conquistou cerca de 150 mil novos seguidores, em menos de um ano.
Agora, a revista quer voltar a focar-se em outros temas, não relacionados com o coronavírus, para que haja um "equilíbrio editorial”.
“Há muita coisa que está a acontecer no âmbito da ciência. Precisamos de encontrar um novo equilíbrio”, considerou o editor-executivo Gideon Gil. “Não vamos diminuir a atenção que damos ao coronavírus, mas é importante voltarmos a escrever sobre cancro, neurociências e genómica”.
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