Ainda assim, os “media” são considerados confiáveis pela generalidade dos cidadãos visados neste estudo. A maioria dos inquiridos considerou, mesmo, que as notícias foram úteis para perceber o desenvolvimento da pandemia. 

Os cidadãos destes países tendem a confiar, principalmente, em cientistas, médicos e autoridades mundiais de saúde, como a OMS. É importante referir, no entanto, que a recolha de dados foi concluída antes de o Presidente Donald Trump ter criticado, publicamente, a acção desta organização. 

Esta análise permitiu, também, concluir que alguns factores sociais e políticos contribuem para a compreensão do vírus. Por exemplo, os inquiridos que não manifestaram interesse em política, mostraram-se mais ignorantes sobre os impactos do coronavírus. Em alguns dos países, a filiação partidária é outro dos factores a ter em conta. 

Este relatório documenta, então, a importância das organizações noticiosas no actual contexto, já que fornecem notícias e informação sobre o coronavírus,  em que a maioria das pessoas confia.

A sua relevância vai, contudo, muito além disso. Os “media” independentes ajudam os cidadãos a compreender a crise, e responsabilizam os governos nacionais, as autoridades de saúde pela forma como respondem a este impasse, tanto em termos da eficiência da sua resposta, como em termos da transparência da informação que divulgam. 

Segundo o relatório, este papel é crucial, uma vez que o distanciamento social e medidas semelhantes de saúde pública, para serem eficazes a longo prazo, precisam de ser credíveis, bem como inteligíveis para o público em geral.