Restrições à liberdade de imprensa em Macau geram controvérsia
Da mesma forma, Ng Kuok Cheong pediu ao Governo de Macau que reconhecesse a responsabilidade que tem na garantia da liberdade de imprensa na estação pública do território e perante os direitos fundamentais da população.
Recorde-se que, no início de Março, os jornalistas de língua portuguesa e inglesa da emissora pública de televisão e rádio de Macau (TDM) foram informados, numa reunião com a direcção editorial daquele operador, de que não deverão divulgar opiniões contrárias às políticas da China.
Paralelamente, a administração da TDM “manifestou o interesse para que todos os jornalistas continuem a trabalhar juntos, adiram ao princípio do patriotismo e de amor à RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] e cumpram as responsabilidades inerentes a um órgão de comunicação social de serviço público”, sublinhando que o “Manual Editorial” da empresa pública de rádio e televisão vai continuar a ser cumprido e reiterando a adesão ao “princípio do patriotismo”.
Já o chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, negou que o território esteja a impor restrições à liberdade de imprensa e acredita que os ‘media’ são patrióticos e amam aquela região administrativa especial chinesa.
A TDM conta com cerca de 40 jornalistas de língua portuguesa e inglesa.
De acordo com a Lei Básica de Macau, que funciona como uma mini constituição do território e vai estar em vigor até 2049, “os residentes de Macau gozam da liberdade de expressão, de imprensa, de edição, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação”.