Repórteres sem Fronteiras denunciam repressão na Venezuela

No comunicado publicado no seu site, o responsável pelo gabinete para a América Latina de Repórteres sem Fronteiras, Emmanuel Colombié, afirma que "a grave crise política e económica que atravessa o país não justifica de modo algum estes ataques e intimidações contra a Imprensa na Venezuela":
“O argumento da guerra mediática, várias vezes mencionado pelo Presidente Maduro para desacreditar as críticas de meios de comunicação nacionais e internacionais ao seu Governo, carece de sentido e não faz senão contribuir para deteriorar um clima que já é tenso para os jornalistas. Neste período agitado, mais do que nunca, o trabalho informativo é primordial. Por isso, as autoridades venezuelanas devem fazer todo o possível para garantir que existam condições de trabalho aceitáveis para a comunidade jornalística” - acrescenta.
O comunicado que citamos enumera, por ordem cronológica ascendente, alguns dos incidentes violentos mais recentes, como o ataque de 30 de Agosto contra a sede do El Nacional, por indivíduos encapuçados, com excrementos e cocktails molotov, o de 24 do mesmo mês, com tiros contra as instalações do diário Los Andes em Trujillo, o de 20 de Junho, com uma granada (que não detonou) contra a sede do diário El Arangueño, e outros.
A Venezuela está no 139º lugar dos 180 países da Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa elaborada anualmente pelos Repórteres sem Fronteiras.
O comunicado na íntegra, na versão em espanhol do site de RSF. Mais informação no El País. A imagem é do site em língua francesa.