Reportagens de investigação na Rússia apertam cerco a jornalista
As autoridades russas detiveram, por algumas horas, o jornalista de investigação Roman Anin. O repórter ter-se-á recusado a responder às questões colocadas e foi convocado a prestar um novo depoimento.
De acordo com o “Guardian”, o interrogatório foi justificado por uma reportagem publicada em 2016, sobre o ex-vice-primeiro ministro e actual presidente da petrolífera Rosneft, Igor Sechin
Nessa reportagem, Anin alegou que a mulher de Sechin estava a utilizar um iate, estimado em 190 milhões de dólares, que pertencia a uma empresa das ilhas Cayman.
O “Novaya Gazeta”, jornal que divulgou a reportagem “O segredo de St. Princess Olga”, foi processado por Sechin, à época da publicação.
A polícia russa reabriu, entretanto, os inquéritos sobre esta reportagem e listou Anin como testemunha.
Contudo, alguns “media” acreditam que a reabertura do caso foi motivada pela publicação de uma nova reportagem de Anin, sobre ligações entre o Federal Security Service e organizações criminosas.
Anin é actualmente editor-chefe do projecto IStories, além de colaborar, frequentemente, com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação), uma Organização não-governamental com sede em Washington.
Abril 21
O director do ICIJ, Gerard Ryle, condenou, entretanto, esta situação.
“Este parece ser mais um dia escuro para a liberdade de imprensa na Rússia”, afirmou.
A OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Projects), plataforma de jornalismo de investigação, está, igualmente, a acompanhar o caso.
A Rússia encontra-se em 149º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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