"O que nós vimos a nível internacional é que passou a prestar-se mais atenção a este tipo de movimentos de ouro, tanto pelos Estados Unidos como pela União Europeia, que começaram a usar uma linguagem semelhante àquela aplicada à extracção de diamantes em África, os chamados diamantes de sangue", disse Cotovio.


Ainda assim, Maduro continua a desenvolver actividades ilegais, adiantou aquele jornalista. "Passou a haver mais atenção e mais pressão sobre o governo venezuelano para que isto deixasse de acontecer, mas, no terreno, como o poder continua nas mãos de Maduro, não mudou".


Recorde-se que, em Janeiro de 2019, o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se Presidente da República interino com o apoio de cerca de 60 países, entre os quais Portugal. Contudo, Nicolás Maduro, que sucedeu Hugo Chávez em 2013, resiste no poder.

Em Agosto do ano passado, a comunidade internacional, incluindo Portugal, urgiu Maduro e a oposição a entenderem-se para formar um governo de transição e realizarem eleições presidenciais "livres e justas" na Venezuela.

"Estivemos lá em Dezembro e o que vimos é que a situação não está melhor. Apesar dos esforços da comunidade internacional para serem feitas mudanças políticas, a situação económica continua a deteriorar-se por causa da pandemia", lamentou, ainda, Cotovio.