Relatórios de “fact-checking” sobre a desinformação do coronavírus
O panorama mediático sobre o coronavírus tem sido marcado pela publicação e partilha de “fake news” e de “teorias da conspiração”, que circulam, sobretudo, nas redes sociais.
Para combater esta tendência, as empresas de “fact-checking” começaram a desmentir as notícias falsas, alertando os utilizadores das plataformas “online” sempre que entram em contacto com um destes artigos.
Desde Janeiro, foram já analisadas milhares de peças. E, entretanto, uma equipa do “Nieman Lab” tratou de reunir cerca de 10 mil desses relatórios de “fact-checking”, para contar a história da “desinformação do coronavírus”.
De acordo com o trabalho do “Nieman Lab”, as primeiras “fake news” partilhadas sobre a pandemia diziam respeito à sua origem e baseavam-se em “teorias da conspiração”.
Depois, em Março, começaram a circular, em aplicações de mensagens privadas, “curas milagrosas” contra a covid-19. Estas incluíam água salgada e o ar quente de secadores para cabelo. Por esta altura, os utilizadores das redes sociais partilhavam, também, artigos sobre a escassez de víveres em superfícies comerciais.
Em Junho, a grande tendência dizia respeito às formas de transmissão do vírus.
Outubro 20
Com o passar do tempo, os tópicos de desinformação passaram a ser mais complexos, debruçando-se sobre fenómenos sociais e políticos.
Por último, algumas figuras públicas começaram, igualmente, a ficar sob o radar dos “fact-checkers”. Personalidades como Bill Gates e Anthony Fauci foram alvo de artigos com informação falsa, nos quais defendiam, que os empresários estavam, alegadamente, a lucrar com a pandemia.
A equipa do “Nieman Lab” alerta, contudo, que o trabalho de “fact-checking” sobre o coronavírus não está terminado, já que deverão surgir, em breve, notícias falsas sobre a segunda vaga do vírus e sobre a distribuição de uma vacina.
Assim, os profissionais do sector devem estudar os eventos passados, para se prepararem para os futuros.
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