A intensificação da produção, disseminação e consumo de notícias, no formato “online”, tem contribuído para este declínio do formato físico.


Contudo, apesar de o volume de assinaturas digitais ter estado a subir ao longo dos últimos anos, este crescimento  é, em muitos casos, praticamente residual.


No sector na rádio, o Grupo Media Capital  lidera em nível de “share de audiências”, seguido do Grupo Renascença, Grupo RDP e, em quarto lugar, pelo Grupo TSF. 


Relativamente à análise isolada das rádios, verifica-se que a RFM (Grupo Renascença) se tem mantido como líder em termos de “share” global, mas com uma diferença cada vez menor para a Rádio Comercial ( Media Capital).


A M80 (Media Capital) é a terceira rádio mais ouvida em Portugal, seguida da Rádio Renascença (4º lugar) e da Antena 1 (RDP).


A Rádio Comercial é líder das 6h às 10h e das 17h às 20h, perdendo, no entanto,  para a RFM, no período das 22h-00h. 



No que toca à televisão, verifica-se que o mercado português é, extremamente, competitivo nas dinâmicas de abertura e fecho de canais, com as diversas marcas nacionais a optar por diferentes estratégias de expansão e diversificação de conteúdos.


As marcas históricas (RTP, SIC e TVI) expandiram-se muito para lá das suas lógicas generalistas, em estratégias de valorização de património arquivado, no caso da RTP, e de aposta no entretenimento, no caso da SIC e TVI. Existe, contudo, um traço comum: o género informação.


No caso dos canais informativos, assistimos a diversos “rebrandings”, particularmente na RTP: o que inicialmente era a NTV, passa a ser a RTP Informação para depois ser a RTP 3, numa lógica mais simples, que coloca o projecto informativo a par dos seus canais generalistas, em termos de importância simbólica. 


O género desporto, apesar de ser rentável em termos de atracção de audiências em todos os canais, foi explorado no nicho “premium” pela Sport TV, desde os primórdios da TV por cabo em Portugal. Essa estratégia permitiu que a marca crescesse de forma contínua até 2010 / 2011, altura em que estabilizou o número de canais disponíveis na “grelha”.


O sub-universo das outras marcas é uma paisagem extremamente diversa que inclui desde projectos clubísticos (Benfica TV e Sporting TV) e não clubísticos (A Bola TV), outras apostas informativas de índole regional, como o Porto Canal e a Localvisão TV e marcas como o Canal Q, em funcionamento desde 2010. 


Considerando as marcas estrangeiras, observa-se um crescimento lento desde o período inicial da análise até 2009, e um crescimento abrupto entre 2009 e 2011. 


Note-se que este último sub-universo inclui algumas das marcas mais expressivas do Cabo em Portugal em termos de audiências, como o Canal Hollywood, Canal Panda, Discovery Channel, etc. 


No entanto, o facto de as marcas nacionais terem mais expressão, faz com que todos os canais compitam, ao mesmo nível, com os novos serviços de visualização, como o Netflix e o Youtube.

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