Apesar de este tema estar em cima da mesa desde 2008, foi preciso esperar até 2015 para que surgisse uma iniciativa da Google, que lançou um fundo de 150 milhões de euros, para apoiar projectos noticiosos “online”.


Esta medida criou um precedente para o lançamento de novos fundos de apoio, por parte da Google e do Facebook.


Contudo, mesmo com estas iniciativas, continua a existir uma situação de forte desigualdade concorrencial entre grandes plataformas tecnológicas e as empresas de “media”, em virtude da clara desigualdade fiscal e tributária.


Além disso, perante a incapacidade de tributar as grandes multinacionais, o ecossistema mediático e noticioso de vários países, incluindo Portugal, fica sob ameaça.


Tudo indica, no entanto, que a taxação destas empresas seria uma boa solução para garantir a sustentabilidade dos “media” portugueses: as estimativas da OCDE indicam que a taxação dos lucros excessivos de 5 500 multinacionais poderiam gerar uma receita fiscal na ordem dos 233 milhões de euros, com Google e Facebook a representarem cerca de metade da mesma.


Além disso, o caso australiano prejudicou a dimensão ética e moral das gigantes tecnológicas, o que poderá reforçar a posição dos Grupos de “media” em futuras negociações, e ajudar a garantir um melhor futuro para o ecossistema informativo.


Leia o relatório original em "Obercom"