Ainda assim, a experiência em teletrabalho aumentou a convicção de que o trabalho presencial pode ser intercalado com o exercício de funções à distância. De facto, dois em cada três  inquiridos gostariam de reduzir a frequência com que vão à redacção, por comparação com o período pré-pandemia.


Ainda assim, as limitações do teletrabalho serviram , também, como um reconhecimento da importância da redação para o trabalho jornalístico.


A par destas alterações, apontou o relatório, a pandemia e o confinamento vieram, também, acelerar a digitalização do processo editorial, o que levou à contratação de novos profissionais nas áreas da programação e do jornalismo plataforma.


Contudo, os inquiridos consideram que a situação financeira registada no interior das redacções está a dificultar a retenção de novos talentos no âmbito tecnológico.


Outra das questões levantadas pela realidade pandémica foi a diversidade e igualdade nas organizações jornalísticas -- uma temática que esteve em voga em Junho de 2020, devido às manifestações sociais nos Estados Unidos.


Neste âmbito, a maioria dos jornalistas inquiridos apontou uma boa prestação das empresas para as quais colaboram, destacando a diversidade de género, bem como a diversidade de ideologia política e de opinião.


Do lado oposto surge a diversidade étnica e as oportunidades para profissionais em “situações desfavorecidas”, que os profissionais apontaram como áreas a melhorar.


O relatório conclui, assim, que a pandemia veio alterar a percepção dos jornalistas quanto ao seu local de trabalho, já que os profissionais advogam, agora, pela possibilidade de conjugar o regime presencial com o remoto, além de uma maior diversidade étnica no interior das redacção, bem como um reforço do investimento em novos talentos da área digital.



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