É importante ressalvar, por outro lado,  que a maior parte da produção de filmes e conteúdos de TV foi, naturalmente, colocada em pausa, o que criou uma lacuna potencial ou “período cinzento” ao qual as organizações precisarão de dar resposta.


Ainda assim, o “gaming” foi o segmento que registou maior crescimento nestes períodos de recolhimento em casa, levando à expansão do género “e-sports”.


O relatório do Obercom recorda, da mesma forma, que a imprensa não ficou alheia à digitalização dos “media”, ao  eforçar a aposta em conteúdos “online”, bem como na estratégia de assinaturas digitais.


Por outro lado, apesar de os portugueses estarem mais interessados em informação, o aumento do consumo não se reflectiu nas receitas, que têm vindo a cair, perante a diminuição do investimento publicitário.


Esta realidade reflectiu-se, consequentemente, na empregabilidade do meio jornalístico. Isto porque, de acordo com o Obercom, a principal estratégia de “sustentabilidade” dos jornais portugueses continua a ser a dispensa dos colaboradores.


Aliás, segundo apontou um estudo da KPMG, as empresas ainda estão focadas principalmente em soluções de curto prazo, quanto a questões de liquidez e solvabilidade.


Contudo, o Obercom recorda que  a pandemia veio reforçar o papel da rádio, que conseguiu estabilizar as audiências.


Por outro lado,  apesar das dificuldades, o sector de entretenimento português tem conseguido reinventar-se, adaptando à nova realidade e apostando no formato “online”.


Assim, alguns especialistas mantêm-se optimistas quanto ao futuro dos “media” em Portugal, com a confiança de que, com o passar do tempo, os empresários de comunicação passem a implementar estratégias de “sobrevivência” a longo prazo.


Leia o relatório original em “Obercom”