Registou-se, igualmente, uma aposta crescente na educação informal, através de ferramentas “online”, ou de acções de sensibilização em bibliotecas e museus.


A nível internacional destaca-se o Media and Information Literacy (MIL) – desenvolvido e apoiado pela UNESCO –, que se prende com as próprias habilidades de interpretação, compreensão crítica e expressão da criatividade por meio dos “media” digitais, procurando potenciar, em alunos, uma constante abordagem crítica que leve a uma participação significativa nas comunidades em que os indivíduos se inserem. 


O MIL reúne três dimensões distintas – literacia da informação, literacia de media e TIC, e literacia digital –, sendo que, procurando actuar como um conceito abrangente, capacita pessoas, comunidades e nações a participar e contribuir com as sociedades globais do conhecimento. 


À semelhança do que acontece em Portugal, um dos aspectos mais importantes do projecto é o desenvolvimento do sistema de educação. 

Para tal, é apresentado um referencial para professores e, consequentemente, para auxiliar na aprendizagem dos jovens.


Entre os elementos-chave destas aulas estão a definição e articulação de necessidades informacionais, localização e acesso à informação, uso ético da informação, assim como a compreensão do papel e das funções dos “media” em sociedades democráticas.


Até agora, a Suécia foi o país europeu que mais apostou na implementação do MIL nas escolas.


Quanto a empresas de tecnologia, o Facebook desenvolveu um “site” que disponibiliza lições, para ajudar os mais jovens – dos 11 aos 18 anos – a desenvolver competências para “navegar” no mundo digital, a analisar de forma crítica a informação consumida, e a responsabilizarem-se pela criação e partilha de conteúdo. Desenhadas para serem interativas e envolventes, estas lições envolvem discussões em grupo, questionários e jogos.


O Google, por sua vez, disponibilizou 109 lições, que poderão ser filtradas mediante os anos escolares.  Existem, por exemplo, aulas sobre questões  e competências mais práticas, como saber fazer arte com o Google Sheets.


De notar que todos estes projectos são realizados com recurso a ferramentas digitais.


Ora, de acordo com o relatório, a profusão de projectos e organizações dedicadas a literacia dos “media”, ajudam a provar, por um lado, a importância que o tema tem na sociedade e nos indivíduos, e, por outro, a consciência de muitos dos países e organismos em fazer deste tema relevante e necessário nas sociedades. 


Ao longo dos anos, as organizações consideraram importante disponibilizar aos cidadãos – nomeadamente a professores e educadores – ferramentas e orientações que ajudassem a esclarecer, individual e colectivamente, este tema.


Ao mesmo tempo, e tendo em conta as iniciativas analisadas, destaca-se a importância da formação contínua de professores,  visando melhorar a sua capacidade pedagógica e a adaptação a gerações vindouras.


Leia o artigo original em Obercom