Relatório do IFJ preocupado com estratégia global chinesa nos “media”
O Governo chinês tem vindo a desenvolver uma estratégia sofisticada e sistemática para a exercer a sua influência nos “media” além fronteiras, segundo aponta um estudo realizado pelo IFJ -- International Federation of Journalists.
De acordo com o relatório, Pequim tem conseguido expandir a sua propaganda através de contratos com jornalistas, agências noticiosas cooperativas, redes sociais e programas de formação.
A investigação apurou que um terço dos sindicatos de jornalistas inquiridos já tinha sido abordado por entidades chinesas. A maioria dos acordos foram estabelecidos em países de “terceiro mundo”, com governos autoritários.
Quase metade das associações parceiras afirmou que a acção chinesa tem sido benéfica, graças a um nível significativo de apoio, que inclui a doação de computadores e dispositivos de gravação, bem como ofertas educativas.
Da mesma forma, as parcerias estabelecidas com Pequim têm ajudado a expandir as telecomunicações em muitos países africanos, alargando o acesso aos “media”.
Há, ainda, alguns países desenvolvidos que compactuaram com o projecto chinês.
Junho 20
Na Austrália, por exemplo, a All China Journalist Association (ACJA) organizou programas de intercâmbio com faculdades de jornalismo, facilitando a integração de 28 jovens, em início de carreira, nos “media” chineses.
Ainda assim , alguns dos jornalistas inquiridos disseram estar preocupados com a crescente preponderância da propaganda chinesa nos “ecossistemas” mediáticos.
Nas Filipinas, por exemplo, os jornalistas disseram suspeitar de tentativas de influência política, através de programas de cooperação.
Assim, o IFJ recomendou que os sindicatos de jornalistas eduquem e preparem os seus filiados, de forma a estarem alerta para os mecanismos e estratégias chineses.
Da mesma forma, a federação considera essencial que os Governos promovam programas de literacia mediática, para que o público consiga detectar o enviesamento político da informação que consome.
A inteligência artificial (IA) já não é uma novidade. O relatório Journalism, media, and technology trends and predictions, do Reuters Institute for the Study of Journalism, publicado no início...
Uma parte da população está a afastar-se do jornalismo, deixando de acompanhar as notícias regularmente. Os dados do relatório de 2024 do Reuters Institute mostram que 39% das pessoas assumem...
As publicações norte-americanas Axios e Tampa Bay Times comunicaram que irão reduzir as suas equipas, estando em causa o despedimento de, respectivamente, 10% e 20% dos profissionais. No caso do...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...