A queixa mais generalizada ultrapassa os dois terços e é a de violência psicológica. O estudo agora divulgado, sob o título de “Jornalistas sob pressão: ingerência injustificada, medo e auto-censura na Europa”, revela que 69% dos jornalistas ouvidos já a sofreu, na forma de intimidação, ameaças, calúnias e humilhações. 

A segunda ingerência mais frequente, designada por cyberbullying, é relatada por 53% dos jornalistas, e a de intimidação vinda de grupos de interesses por 50%. 

Segundo artigo publicado pela APM – Asociación de la Prensa de Madrid  - com a qual mantemos um acordo de parceria - o inquérito foi realizado entre Abril e Julho de 2016, por Marilyn Clark e Anna Grech, da Universidade de Malta, com o apoio da Associação de Jornalistas Europeus, da Federação Europeia de Jornalistas, os Repórteres sem Fronteiras e ainda o Index on Censorship e The International News Safety Institute

Os resultados do estudo revelam que, “em termos de diferenças regionais, houve mais experiências de agressão física na região do sul do Cáucaso, seguida de perto pela Turquia, mas têm prevalência elevada também noutras regiões, incluindo em países da União Europeia ou da Europa Ocidental não membros da União Europeia”. 

Os jornalistas na Turquia revelam as mais altas percentagens em termos de serem submetidos a vigilância (86,7%), bem como ao cyberbullying (71%).

 

O artigo da APM e o comunicado original, que dá o link de acesso ao Sumário, Introdução e Metodologia, do Conselho da Europa, de cuja notícia colhemos a imagem utilizada