Relatório da FIJ revela “lista negra” de jornalistas assassinados
A violência contra os colaboradores da imprensa tem vindo a intensificar-se, um pouco por todo o mundo, nos últimos 30 anos, conforme denuncia o Livro Branco sobre Jornalismo Global, da FIJ -- Federação Internacional de Jornalistas, divulgado no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de Dezembro).
De acordo com aquele relatório, durante este período, foram assassinados 2.658 profissionais dos “media”. Além disso, mais de metade desses jornalistas foram mortos nos “10 lugares mais perigosos de países que sofreram violência de guerra, crime e corrupção, bem como uma catastrófica quebra da lei e ordem”.
O Iraque, com 339 mortos, está no tipo da lista, seguido do México (175), Filipinas (159), Paquistão (138), Índia (116), Federação Russa (110), Argélia (106), Síria (96), Somália (93) e Afeganistão (93).
De acordo com o documento, os anos mais mortíferos para os jornalistas foram 2006 e 2007, com 155 e 135 mortos, respectivamente, consequência da guerra no Iraque. Por outro lado, os números mais baixos registaram-se em 1998 e 2000 (37).
“As estatísticas acumuladas ao longo do período revelam um padrão regular de jornalistas mortos todos os anos”, prossegue o relatório.
Os dados deste ano confirmam as tendências, com 13 mortos registados no México, cinco no Paquistão, três no Afeganistão, e igual número na Índia, Nigéria e Iraque.
Dezembro 20
Registaram-se, ainda, duas mortes nas Filipinas, Somália e Síria, e um jornalista morto nos Camarões, Honduras, Paraguai, Rússia, Suécia e Iémen, perfazendo um total de 42 jornalistas mortos em 2020.
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