Relatório aponta sentimento de insegurança entre jornalistas na cobertura da pandemia
O período pandémico veio alterar o “modus operandi” da maioria dos jornalistas, que tiveram de adaptar-se a uma nova realidade, baseada no regime de teletrabalho, e na cobertura, constante, de assuntos relacionados com a covid-19.
Estas são as principais conclusões de um estudo publicado, recentemente, pelo Tow Center for Digital Journalism, baseado nas respostas de 324 colaboradores da imprensa local norte-americana, focado nos efeitos da pandemia.
Conforme aponta o relatório, cerca de 74% dos jornalistas locais inquiridos afirmaram ter reportado sobre assuntos relacionados com o coronavírus, mesmo que não tivessem qualquer tipo de conhecimento na área da saúde.
Além disso, estes profissionais denunciaram o facto de não terem tido acesso a materiais de protecção contra a covid-19, tais como máscaras faciais e desinfectantes.
Outra das principais queixas dos jornalistas inquiridos passa pela extensão do horário de trabalho, com mais de um terço dos entrevistados (37% ) a afirmar que trabalha entre 50 e 60 horas por semana, sem qualquer aumento salarial.
Tudo isto, sublinha o relatório, resultou num crescente sentimento de insegurança.
O estudo aponta, ainda, para algumas mudanças significativas no modelo de negócio das redacções locais e regionais.
Os participantes destacaram, neste âmbito, que o seu trabalho passou a estar centrado no formato digital, e que as redes sociais passaram a ter um papel importante na divulgação dos seus artigos e reportagens.
Esta alteração conduziu, igualmente, a um aumento dos níveis de produção de cada jornalista.
Dezembro 21
Perante este cenário, cerca de 61% dos profissionais entrevistados disseram ter uma opinião “ligeiramente negativa” ou “muito negativa” sobre as perspectivas futuras dos jornais locais, uma vez que estão cientes “dos desafios económicos que o seu sector enfrenta, bem como da dificuldade de atrair um público mais jovem”.
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