Relatório apela aos governos para assegurar sustentabilidade dos “media” em tempo de crise
O jornalismo está a atravessar um período de crise sem precedentes, impulsionado pela digitalização dos “media”, quebra das receitas publicitárias, e disseminação de notícias falsas, que descredibilizam o trabalho dos profissionais.
Este quadro tem vindo a preocupar diversos colaboradores dos “media”, que consideram que a situação poderá continuar a agravar-se, resultando no encerramento de diversos títulos e, consequentemente, na diminuição da pluralidade informativa.
Perante este cenário, o Fórum sobre Informação e Democracia publicou o relatório “ A New Deal For Journalism”, apelando aos governos que criem novas medidas para assegurar a sustentabilidade dos “media”, e que destinem 0,1% do PIB mundial para apoiar a imprensa.
“O jornalismo enfrenta uma crise severa”, indica o relatório. “Mas se os políticos demonstrarem a vontade e a criatividade necessárias para tomar medidas durante a próxima década, acreditamos que há potencial para a sustentabilidade do jornalismo e para a saúde das democracias”.
Os autores do estudo consideram, neste sentido, que os governos devem reger-se por quatro eixos.
O primeiro é o eixo da liberdade, já que esta é uma pré-condição necessária para o desenvolvimento de um jornalismo independente. O segundo fala, por sua vez, no financiamento de novos projectos jornalísticos.
Julho 21
Em terceiro lugar, o relatório refere a necessidade de estabelecer novas reformas institucionais, como o objectivo de criar um futuro mais favorável para o jornalismo independente.
Além disso, os autores do texto consideram essencial que os governos dêem prioridade à implementação de acções inovadoras.
O relatório destaca, ainda, no âmbito do financiamento que, ao destinarem 0,1% do PIB mundial para apoiar projectos de jornalismo, os governos poderiam garantir a sustentabilidade do sector durante muitos anos.
Pelo contrário, refere o estudo, “se os governos não agirem para fortalecer o ambiente propício para o desenvolvimento do jornalismo”, os monopólios informativos serão reforçados, e as pequenas redacções continuarão a desaparecer.
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