Ben Wallace acusa essas empresas de obstrução e inacção, ou por bloquearem o acesso a mensagens encriptadas, ou por manterem conteúdos extremistas nos seus sites, sendo que as consequências recaem, na forma de custos económicos, sobre as agências de manutenção da ordem. 

“Tenho de ter mais vigilância humana, o que custa centenas de milhões de libras. Se elas continuarem a ser menos do que cooperantes, teremos de encarar coisas como imposição de taxas, como forma de as incentivar, ou de [nos] compensar pela sua inacção”  -  disse ainda o ministro. 

Segundo The Guardian  - cuja notícia sobre a entrevista ao Sunday Times aqui citamos -  este imposto poderia ser semelhante ao que foi aplicado aos lucros excessivos sobre serviços públicos privatizados pelo governo de Tony Blair em 1997, ou ao que Margaret Thatcher aplicou aos bancos em 1981. 

“O aviso [do ministro Ben Wallace] segue-se a um inquérito parlamentar sobre as fake news, em que Twitter e Facebook foram criticados por não terem tomado medidas adequadas quanto a tentativas de origem russa para influenciar a política britânica. (...) Responsáveis de topo do Twitter, Facebook e Google, que detém o YouTube, foram acusados de obter proveito da violência e criticados por não terem removido conteúdo ofensivo, quando compareceram perante o Parlamento, em Dezembro.” (...) 


O artigo citado, na íntegra, e outros dois sobre o ocorrido ao longo de 2017 nesta matéria, em The Guardian